Faz parte do cotidiano dos cidadãos das grandes, e até mesmo das pequenas, cidades brasileiras a confusão estabelecida nas ruas e logradouros públicos a título de reivindicação e protesto diante das demandas políticas e governamentais estabelecidas em nosso país!
Aqui em São Paulo somos informados pela mídia de movimentos diários de grupos de 20 ou 30 pessoas que paralisam o trânsito e impedem a lei mor da constituição que estabelece o direito de ir e vir para qualquer cidadão. Sob o pretexto de buscar os seus direitos o direito dos outros é desprezado! Barricadas de pneus, pedras e qualquer outro tipo de objeto servem ao propósito de marcar território e definir quem manda numa cidade sem dono e sem autoridade, ao menos sem autoridade de fato, embora existam aos montes as autoridades de direito.
Governantes sempre de olho nas próximas eleições não confrontam para não cair no desagrado dos eventuais eleitores, os policiais ficam passivos, pois se de alguma forma ofender ou machucarem os arruaceiros, certamente serão punidos por um sistema que privilegia a baderna e não poupa aqueles que são pagos para manter a ordem pública e a mídia tem como foco principal criticar e o faz de forma incoerente sem definir-se em favor da bagunça ou da ordem estabelecida, pois se os anarquistas que protestam são confrontados ela os categoriza como truculentos, todavia se apenas observam de longe, então são chamados de vaquinhas de presépio!
Nesse caos estabelecido os anarquistas movimentam-se em passeatas em dias úteis de trabalho (para os outros) enquanto os trabalhadores não conseguem chegar ao emprego e muitos perdem o sustento de suas famílias devido aos atrasos e faltas consequentes da inconsequência daqueles que fazem protestos. Normalmente os militantes e desocupados – para não chamá-los de vagabundos – desacatam autoridades, depredam o patrimônio público e saqueiam o Comércio sem terem nenhuma represália pelas suas atitudes e tudo a título de democracia (ou seria demoniocracia?).
Penso que estamos diante de muitos problemas, mas o desvirtuamento conceitual destaca-se como matriz de todo mal. Explico: Anarquia é chamada de movimento, anarquistas são tratados como militantes, bandidos são tidos como torcedores de futebol, delinquentes são chamados de crianças, corruptos de governantes, vagabundos de trabalhadores, e assim por diante. Tudo isso não é novidade numa população que se gaba da famosa Lei de Gerson (levar vantagem em tudo), que abre a janela do carro e joga o lixo na rua, que estaciona na vaga destinada a deficientes quando não se tem nenhuma deficiência (a não ser a do caráter) e que vende o voto por um saco de cimento.
Esse é o enredo de uma sociedade que se esquece dos valores e conceitos divinos e despreza Deus! Quando os valores morais determinados pelo Criador são desrespeitados as pessoas vivem sem parâmetro de justiça e perdem o senso do certo e do errado, então são entregues a um sentimento perverso. Termino com as palavras do amigo e irmão Paulo:
“Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;
são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam” (Romanos 1.18-32).
Joel Stevanatto, Pastor Sênior.